Oláááááááááá!
Como já não escrevia cá há algum tempo, decidi dar trabalho às minhas mãos e comunicar-vos qualquer coisa. Venho falar-vos sobre a semana académica de Aveiro, o já conhecido "Enterro".
No início muitos estudantes davam uma opinião negativa sobre o cartaz. Sinceramente, tenho de admitir que fiz parte desse grupo. Todos os Enterros há dias em que os artistas não me chamam, mas este foi a semana académica em que isso mais aconteceu. O único dia que me chamava era a sexta-feira - que foi, para mim, o melhor dia.
Fui sexta-feira, sábado, segunda-feira e terça-feira. Depois desses dias (ou noites, como quiserem chamar), descobri que não importa o quão bom fosse o cartaz, porque já estou a ficar "velha" para estas coisas. E não é no sentido físico, mas de já não achar piada a este tipo de eventos. Se for uma noite ou duas, com um espaço entre ambas, até sou capaz de achar piada, mas todos os dias? Já não. Na quarta-feira à noite fiquei em casa, debaixo dos meus lençóis, a ler um livro, e soube-me pela vida. Atrevo-me a dizer que soube-me tão bem como, há três anos atrás, me sabia esta semana. E sempre que ouvia o autocarro a passar, pensava para mim mesma na quantidade de bêbedos que ele devia transportar, e como estava muito melhor no meu quarto.
Não me interpretem mal, foi um grande evento. Houve artistas que eu não conhecia, como os Che Sudaka, e me surpreenderam pela positiva, e houve também artistas que eu não esperava divertir-me no concerto, como o Emanuel, mas a verdade é que fartei de dançar. Simplesmente meter-me em confusões de pessoas (que, mais tarde, já sabemos, elas empurram-se e insultam-se umas às outras), estar rodeada de bêbedos e chegar a casa às cinco da manhã (ou até mais tarde) já teve mais piada. Apesar de ser um tipo de convívio diferente, passou a não ser o meu preferido. Prefiro uma cervejinha no Convívio com o meu pessoal, ou uma suecada no Galitos. Acho que se chama a isto "crescer", pelo menos foi o que a minha mãe disse. Mas fico contente por me aperceber que tive tempo para tudo: para achar piada e viver estes eventos (ao ponto de ficar com enormes recordações deles, mais boas que más) e para deixar de achar-lhes piada e afastar-me deles, sentindo-me realizada. Realmente há um tempo para tudo :)
Mas, voltando ao assunto, como já vos disse, o meu dia preferido foi a sexta-feira. Queria mesmo ver a Mónica Ferraz e o Richie Campbell. Gosto dele, tem várias músicas que eu gosto, e quanto a ela, adoro a sua música "Golden Days"e esperava um grande concerto dela, graças à voz que ela tem - e ela não me desiludiu. Foi também o dia em que mais amigos meus foram, e quem vai também conta.
Importante referirmos o "Fernando" nestas noites :D "Fernando" é o senhor que a nova personagem do Nilton procura sem cessar nas ruas portuguesas. Eu, a Joana Ribeiro e a minha afilhada Rita Barroso, procuramo-lo no recinto do Enterro. E conseguimos uma cerveja de graça à conta de um "Fernando" de Famalicão que encontramos. No nosso pequeno-almoço na Doce Aveiro também apareceu um "Fernando" - um rapaz formado em EGI que veio sentar-se à nossa mesa, mesmo com uma resposta negativa por parte da minha afilhada após ter perguntado se podia. Do que nos falou? Já não me lembro. Lembro-me que pegou na mala dela e colocou as alças ao pescoço. Passado uns minutos aparece um amigo dele que lhe pergunta, desculpem a expressão, com uma grande cara de tacho:
- O que é que tu estás a fazer sentado, meu?
Por causa disso tive um ataque de riso enorme que me impediu de continuar a comer por uns tempos. Ainda hoje me riu quando me lembro da sua expressão facial de tamanha admiração, como quem diz "mas que raio?".
Depois de nos despedirmos do Fernando fomos para casa, tomando um banho de chuva pelo caminho.
Não sei se este foi o meu último Enterro. Acredito que, nos próximos aninhos, se tiver disponibilidade, aventurar-me-ei a ir pelo menos uma noite, para me encontrar com os meus amigos que ainda vão lá permanecer :)
E, para acabar, só quero dizer uma coisa: Eu gosto de Aveiro <3