sábado, 22 de outubro de 2011

Coisas de família da praxe ^^

Boa noite, gente!

Vou alegrar este blog com uma boa notícia: a minha família académica cresceu para mais um elemento na passada quinta-feira, dia 20, e fiquei bastante feliz com o acontecimento :D

Como sabem, os caloiros (aqui em Aveiro, "lodo" para os rapazes, "lama" para as raparigas) têm de escolher uma pessoa com mais matrículas e com o poder de ter afilhados para os orientar e ajudar no que precisarem. Essa pessoa é chamada "padrinho" ou "madrinha", "patrão" e "patroa" cá na Viena de Portugal. Quando eu andava em Direito na Universidade do Minho tínhamos de escolher um padrinho e uma madrinha, ou seja, os dois, mas aqui na Universidade de Aveiro só se escolhe uma pessoa. Por outras palavras, um lodo ou uma lama só podem ter um patrão ou uma patroa.

Na minha altura, acabada de aterrar da 2ª fase, escolhi um rapaz, ou seja, fiquei com um patrão, e até à data sou a sua única afilhada. Escolhi o Ruben porque algo me dizia que ele ia ser o mais correcto para mim. Não estava bem à espera de alguém em quem pudesse ser formal, ter cerimónias e que os nossos temas de conversas fossem limitados às cadeiras do curso, mas sim alguém com quem poderia sentir-me à vontade para dizer e fazer asneiras, dizer e fazer coisas assertivas, contar os meus segredos e saber que iam com essa pessoa para o seu túmulo, um amigo para as horas todas e alguém de quem guardaria boas memórias. Acabei até por estudar com o meu patrão, acabei já por lhe fazer partidas, quer ele quer eu já ameaçamos um ao outro de porrada (mas tudo muito afectuoso e pacífico por aqui, atenção), e hoje considero-o meu amigo, e gosto de passar tempo com ele, já para não falar que tenho a opinião de que ele é um homem "às direitas", e que faz falta mais homens como ele neste planeta.
O que me fez escolher o Ruben? Ele ser o que imponha mais respeito na praxe, e ser dos que me fazia lembrar os Doutores de Direito da Universidade do Minho. Para além disso, era do Norte. Ou seja, relacionei-me logo com ele.

Ano passado eu já podia ser Patroa de alguém, mas fui de Erasmus, por isso posso dizer que podia, mas não estava disponível para tal xD este ano acabei por pertencer a Comissão de Faina, e perguntei-me a mim mesma se alguém me escolheria para Patroa. Sem stress e sem pensar muito (teoria ensinada por Alberto Caeiro que muitos de nós insistimos em esquecer), lá fui eu, de gabão vestido, anzol e rede no casaco, para o terreno da tropa de LRE.
A partir do Grande Aluvião, praxe "equivalente" à Latada das outras simples e mortais academias portuguesas, os lodos e lamas estão livres para escolherem o seu patrão ou patroa. Nós, veteranos e mestres, somos obrigados a não os convidar para pertencerem à nossa família académica, são eles que têm de lançar o convite de que querem pertencer, e nós aceitamo-los ou não. Ou seja, eles é que têm de vir atrás de nós, e escolher-nos sob os seus critérios, e não nós a ir atrás deles. Os nossos critérios só entram na parte de os aceitar ou recusar. Já houve casos "polémicos" de colegas mais velhos que sugerem (para não dizer pior) aos aluviões serem, respectivamente, o seu patrão ou patroa, mas eu jurei a mim mesma que tal atitude não teria! Acho isso mesmo repugnante, as pessoas têm de começar a tomar as suas próprias escolhas, porque vão começar a entrar na vida adulta. Outra coisa tão importante como o curso que tiram, as línguas que estudam, os hábitos que têm ou os lugares que frequentam, são as companhias que escolhem, quer para amigos, quer para futuro/a companheiro/a, e assumir responsabilidades por isso.

Mas já fui escolhida por um lodo, mais em concreto, um lodo de JOANE! Agora, wish me luck, que vou ser Patroa! E espero que este seja o primeiro dos meus quatro possíveis afilhados. Fiquei feliz por ser escolhida, fiquei cheia de felicidade e alegria ^^

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

É com muita tristeza minha que digo que o meu cão Preto vai morrer. Já sabia que ele estava muito doente, mas é daquelas coisas que não se consegue aceitar nem reagir verdadeiramente até ao dia em que acontece. Tem apenas uns dias de vida, o que significa que, em breve, para mim e para os restantes elementos da minha casa, a família vai ficar reduzida, incompleta, e, consequentemente, triste.

Vou sentir a tua falta, Preto <3

:(

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Das duas uma: ou sou mais forte do que pensava, ou menos sensível do que julgava.

Parece que chegamos a um ponto em que já nada nos surpreende, já nada nos atinge.

Pelo menos, até ao dia.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sentir falta de Erasmus - parte 1

Sinto falta deste lugar, da família que lá cresceu, e dos momentos que lá se passaram. Sinto falta do barulho ensurdecedor vindo do corredor, da cozinha cheia de gente (e das mesas e cadeiras que desapareciam e apareciam como por encanto). Sinto falta das frases "sorry, I'm Erasmus" e "ok, if something happens, we don't speak english!". Vou lá voltar em Janeiro, só 4 dias, mas melhor que nada. Pelo menos poderei matar saudades da cidade, porque 90% das pessoas que fizeram parte do meu Erasmus já não estão lá, e nem sei quando as volto a ver. Um dia, eu espero <3

"So long, Erasmus. I miss you already"